Hoje caiu em minhas mãos um texto, tentando construir Belitardo como uma pobre vítima dessa coisa “horrorosa” chamada de oposição política. O construtor do texto parece que estava fazendo um bolo e diante dos ingredientes ele foi jogando um a um na forma, até aspirar a poeira da farinha branca, ficar confuso, perder a mão e a massa do bolo não deu liga. Essa vitimização do Belitardo, como se ele fosse um pobre indefeso, o mais honesto prefeito do país, imputando como algozes desse pobre coitado, o judiciário e uma suposta oposição política, não vai colar.
Não vai colar porquê Belitardo, ele mesmo, escolheu o caminho mais abjeto que um gestor público pode escolher, o caminho da dependência política-moral de grupos amorais. Na construção do texto que tinha como objetivo, passar a imagem de vítima, o construtor escondeu, ou não levou em conta alguns ingredientes que formam a base desse bolo belitardiano. Ele esqueceu de acrescentar que esse empréstimo de 90 milhões, por exemplo, iria para as empresas de Salvador, as mesmas que vencem seguidamente as licitações. Um outro ingrediente, segundo o TCM, Belitardo tem em caixa 250 milhões, pra que o empréstimo? No texto diz que ele fez economia, a não ser que os 250 milhões estejam escondidos e ninguém saiba onde. Um outro ingrediente e esse faz o bolo inchar. O próprio irmão entrou com uma representação contra ele no MP. O irmão conhece bem ele. No tal texto construído para vitimizá-lo, foi jogado que “ E por falar em justiça, parece que a caneta não gosta muito do Dr Belitardo” dando a entender que o Dr. Roney Jorge Cunha Moreira, juiz que julgou o pedido de liminar contra o prefeito, o fez com parcialidade. Pois é exatamente o contrário, se não fosse o Dr. Roney, Teixeira de Freitas estaria repassando os 90 milhões para Salvador, ele acolheu e julgou o pedido, porque identificou ilicitudes.
Toda vez que alguém chama o Belitardo de doutor, eu lembro da novela gótica, com elementos de ficção científica e terror, escrita pelo autor escocês Robert Louis Stevenson,
O Médico e o Monstro relata a história dramática de um conceituado médico, Dr. Jekyll, criador de uma poção capaz de trazer à tona o lado mais obscuro de sua personalidade. Jekyll passa a viver a sua identidade real com a do amoral Mr. Hyde. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Por Érico Cavalcanti
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