Recebi um documento, tipo um relatório, feito por médicos e profissionais da saúde que atuam na prefeitura de Teixeira de Freitas, sobre o verdadeiro caos em que se encontra o sistema de saúde pública do município. Diferente dos relatos feitos por pessoas ligadas ao prefeito, ou com interesses comerciais com a prefeitura, como certos defensores que encontro nas redes sociais, este relatório mostra a verdade que ocorre na administração da Secretaria de Saúde da PMTF. Por motivos óbvios, tenho que manter no anonimato os autores deste relatório e, desde já, agradeço a confiança depositada em mim para ser o divulgador desse grito de socorro dos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e do pessoal da administração. Vamos a primeira parte do relatório.
Nunca antes na história deste município houve uma equipe gestora tão incapaz, frustada e perseguidora. Já passaram vários gestores e seus secretariados, mas nunca houve um histórico tão calamitoso. A gestão municipal estabeleceu que é contra qualquer pessoa ou segmento que seja pensante e contrarie a forma de gestão. Alguns elementos demonstram a falta de democracia reflexiva que a atual gestão impõe a sociedade municipal e regional.
A pasta da saúde é uma pasta necessária a todos, seja rico ou pobre, todos utilizam o SUS. Essa necessidade é algo que deve ser tratada com responsabilidade e profissionalismo. Teixeira de Freitas recebe recursos na saúde para custear os serviços implantados para a sua população e para a população da região. Ou seja, o recurso baseado no número populacional e nas habilitações de serviços. Estes também de alta complexidade e outras implantadas no município. Trazem recursos que Teixeira de Freitas sozinha jamais teria, isso é através da pactuação entre os municípios. Foi feito um pacto/trato e este dinheiro vem através da PPI, Programação Pactuada Integrada. Os recursos que chegam no fundo, municipal de saúde são destinados para custear os serviços da população do próprio município.
Desde a implantação das UTIs em Teixeira de Freitas, o município nunca perdeu recursos da área de média e alta complexidade. Uns gestores investiram muito em saúde e outros apenas mantiveram o que já havia. Este era o cenário até a atual gestão assumir. Nos últimos 12 meses já se foram muitos recursos, a população do município e da região foi quem perdeu. Os sinais estão aí, evidentes, só não vê quem não quer, falta de insumos básicos, débitos profissionais, pessoas morrendo por falta de atendimentos e a regulação que só funciona para alguns poucos que tem acesso através de “padrinhos” como vereadores da base aliada. Recursos financeiros são para serem geridos por pessoas profissionais, capazes e responsáveis, não por pessoas que acham que sabem. Os reflexos são os atuais. Nunca na região do extremo sul houve um cenário tão caótico na área da saúde como o atual. Algumas pessoas prestam um desserviço à população atenuando este cenário na mídia. Causando certa confusão nas cabeças das pessoas e a gestão municipal acaba se escondendo atrás dessas ações de agentes externos à soldo da PMTF.
(SEGUE na PARTE II)
Por Érico Cavalcanti
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