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Texas Times

VAMOS SEPARAR O QUE É JORNALISMO DE UMA PEÇA PUBLICITÁRIA COM NOTÍCIAS



Depois do vazamento ao público, dos documentos que comprovam os pagamentos mensais aos veículos de comunicação que prestam o serviço de divulgação dos eventos, projetos e demais notícias da PMTF, recebi algumas mensagens para que eu opinasse sobre isso, uma vez que além de militar na área jornalística, como colunista que sou, exerci na gestão de Temóteo Brito, a assessoria de comunicação da PMTF. Antes de entrar diretamente no assunto vou transcrever o conceito de jornalismo que está publicado no site Texas Times e que rege a conduta jornalística do site, por extensão, de todos que aqui escrevem. Em tempo: esse conceito copiei do jornalista Maurício Noriega. “ Jornalismo não é perfeito. Jornalismo é a melhor versão possível dos fatos. Jornalismo não tem meios termos, meias verdades ou meias mentiras. Jornalismo não é oposição. Tampouco é situação ou governismo. Jornalismo é a fiscalização do poder, a busca da verdade.”

Sem querer defender ninguém, como diz o título da coluna: vamos separar o que é jornalismo de uma peça publicitária com notícias. Vejam que o jornalismo possui diversas áreas que confundem o mais atento dos observadores. Eu, por exemplo, não sou jornalista, sou colunista, as pessoas até confundem. O que esses veículos de comunicação fazem é um serviço que poderia ser feito por uma gráfica. Só que através de uma gráfica seria caríssimo e sem a agilidade dos sites e rádios. O serviço que eles prestam é de uma peça publicitária noticiosa. Quase todos reproduzem o que recebem das assessorias de comunicação das prefeituras, eles não mudam nenhuma vírgula. Então, o que precisa ser mudado é a terminologia dessa área de atividade. Quando reproduzem o que recebem, ou são chamados para divulgar um evento, eles estão fazendo publicidade. E devem ganhar pelo trabalho que fazem, não há nenhum mal nisso. Eles não estão fazendo jornalismo. Estão emprestando as suas páginas, seus espaços, para as publicações de conteúdos publicitários, de qualquer prefeitura, como poderia ser de um estabelecimento comercial. Reafirmo que devem receber por isso, por essa publicidade em forma de notícia.

O que não pode acontecer é colocar o veículo de comunicação longe do jornalismo e dizer que está fazendo jornalismo. Colocar o seu veículo de comunicação, apenas publicando publicidade da prefeitura e ficar calado, sem fazer nenhuma crítica, como se fosse um jornal do paraíso. Um exemplo gritante do que digo foi a mudez dos veículos de comunicação, diante do descalabro que duas prefeituras do extremo sul cometeram em construções de escolas. A PMTF conseguiu um valor que é o dobro de uma mesma escola de Monte Santo, que custará 6 milhões, a daqui custará 12 milhões. A prefeitura de Alcobaça está construindo uma escola de duas salas de aula por 2 milhões. Isso é um desserviço à todos, à população, ao prefeito e ao próprio veículo de comunicação. Sim, ao próprio, que perde credibilidade.


O que todos precisam entender e assumir, aproveitando esse vazamento de documentos, é que as prefeituras pagam essa publicidade,os veículos recebem por publicar, fazendo publicidade e não jornalismo e o público não confundir o que é publicidade e jornalismo.

Se ficar assim, todo mundo fingindo que faz jornalismo e não publicidade explícita de uma determinada prefeitura,os espertalhões tomam conta. Nessa lista mesmo, é fácil identificar sites produzidos por um espertalhão da PMTF, avisem ao Debilitardo. A agência de publicidade que atende a PMTF sabe muito bem do que estou falando. Um lembrete ao vereador Marcos Belitardo,que acusou a gestão passada, sem nenhuma comprovação, de ter sites fantasmas,deve saber que na gestão do irmão ele poderá encontrar.

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