Feira livre no mercado eleitoral de Teixeira e amadorismo das campanhas

Vi alguns vereadores reeleitos agradecendo aos eleitores pela quantidade de votos que tiveram.Como se eles já não soubessem que teriam aquela quantidade de votos. Um cálculo pra lá de fácil de fazer: valores gastos ou distribuídos com a captação de eleitores é igual ao número de votos adquiridos. E acrescentando que quando falamos de valores incluímos aqui a estrutura administrativa da PMTF, a máquina da prefeitura, bem como a da câmara de vereadores também. Aliás as duas máquinas trabalharam incansavelmente em prol dessas reeleições. Ruas asfaltadas, outras calçadas com bloquetes fakes, praças reformadas com obras superfaturadas, como a da escola de doze milhões que em outro município uma igual custou seis milhões, tudo isso levou o povo a acreditar que não pisando mais na terra batida ou na lama, entrando e saindo de casa, ele nem precisava mais da saúde municipal e passou a ser um convertido a essa grande mentira que foi a administração do Marcelo Belitardo.

Já no âmbito da câmara de vereadores, nunca uma reforma feita em momento estratégico, em ano eleitoral, foi tão benéfica ao núcleo que precisava ser reeleito para dar continuidade a essa mentira que é a administração do Marcelo Belitardo.Como explicar por exemplo a reeleição de certos vereadores como: Marquinhos Gomes, Bruno Barbosa, Tequinha Brito, o que de relevante esses três fizeram para a população para merecerem esses votos da reeleição ? Que mecanismo, ou que ferramenta esse pessoal usou pra tirar do páreo o Marcos Belitardo e o Lucas Bocão? Estranho né?

Por outro lado não podemos ficar culpando o povo pela continuidade do Marcelo Belitardo, quando os dois melhores nomes para disputar a eleição com ele,até sucedê-lo,Eujacio Dantas e França, não souberam se comunicar com o povão que elege,não tiveram seus nomes e suas propostas ouvidas pelo povo, foram escutadas, mas não foram ouvidas o que é diferente. Os dois melhores nomes incorreram nos mesmos erros.Não deram um cunho profissional às suas campanhas, acharam que a boa vontade de alguns amigos,como a inteligência e o preparo de cada um, bastaria.Um terrível e lamentável engano,pois nenhum deles era estrategista político e se fossem, mesmo assim estariam envolvidos como candidatos, um “produto” da campanha, os papéis não se casam.

Tanto assim que os dois não souberam sair das estratégias erradas que eles mesmos montaram pra eles. Eujacio saiu do PT e foi para o PSD,mas continuou a costear o alambrado do partido do governo,na esperança de ser apoiado pelo governador,não foi apoiado e passou a ser um mero apêndice do governo,aquele que é de um partido da base aliada,mas que está ali por afinidade partidária.Como o apêndice do ser humano que ninguém sabe porquê está ali. Não soube sair dessa sinuca que o governo lhe aprontou,ficou esperando,esperando e desapareceu. Como o povo iria acreditar num candidato assim?

França buscou a estratégia errada, alguém achou que a polarização da campanha de 2022 entre Bolsonaro e Lula,ainda estaria no auge e que isso daria certo no interior da Bahia, numa campanha para prefeitura.França foi buscar o ex-presidente para colar a sua imagem nele,esqueceu que era um líder derrotado,com toda mídia batendo nele e noticiando escândalos,verdadeiros ou mentirosos,não vem ao caso eram escândalos,seria alguém para manter afastado.França deveria ter criado uma nova direita,popularizado a direita, porquê em Teixeira a direita “é coisa de rico” e como sabemos, eles os ricos, não têm votos suficientes para eleger um prefeito. Depois a patente de coronel antes do nome,criou uma distância entre ele e o eleitor.Bastava tirar o coronel, todo mundo já sabia que ele era coronel. O“chame o coronel” foi de uma campanha anterior em que ele foi derrotado, mesmo assim foi usada algumas vezes nessa campanha.

Por causa desse amadorismo nessas duas campanhas,os dois melhores nomes contribuíram sem querer para mais quatro anos de M. Belitardo,ou Mateus Guerra,em vista das denúncias feitas aos MPE , MPF que podem levar a cassação do M. Belitardo durante a sua gestão.

Como disse um amigo,colaborador de uma dessas duas campanhas: “ Fazer política é para profissionais.”